quinta-feira, 25 de novembro de 2010

              Agora, agora que meio semestre já passou, já sou capaz de reflectir calmamente sobre a dificuldade de estar sozinha numa cidade nova, com pessoas novas, com uma maneira nova de viver. Tornou-se mais difícil do que esperava e revelou-se uma tarefa mais complicada do que a minha imaginação poderia alguma vez ter alcançado.

             A identificação das caras, a oportunidade de conhecer novos rostos, novas amizades, tornou-se mais arriscado e exigente do que o hábito que já tinha… Descobri que o conhecimento das disciplinas, dos professores, das próprias matérias era uma tarefa complicada e que rapidamente se tornou óbvia.

Sinto saudades de casa, da minha verdadeira casa e de tudo aquilo que já era meu. Mas tomo por conselho as palavras de Mahatma Gandhi:

  • Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.

  • Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quem se sabe concentrar numa coisa e insistir nela como um único objectivo, obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de fazer qualque coisa.

Mahatma Gandhi

Para viajar basta existir.

Fernando Pessoa

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Juventude é uma Habilitação

Na aula de Projecto Multidisciplinar I, foi realizada uma actividade sobre a metáfora, uma figura de estilo que nos leva a dizer o que sentimos ou que queremos dizer, de uma forma simbólica (ou em sentido figurado).

 

Desde crianças que sempre interagimos com a metáfora sem, na maioria das vezes, nos darmos conta que a estaríamos a utilizar. Usamo-la, principalmente, para definir ou especificar algum aspecto, transferindo sempre uma realidade para uma comparação subentendida.


“Hoje, sou uma princesa e esta caixa é o meu castelo!”, “Hoje sou um jogador de futebol muito famoso e vou-te ganhar nesta partida!”, são exemplos de situações que utilizámos em pequenos, sem nunca nos apercebermos, ao certo, do que estaríamos a dizer ou a fazer.


O objectivo do exercício era interpretar o sentido da metáfora “a juventude é uma habilitação.” De acordo com a minha opinião e concordando com o professor da Lecture, considero que a juventude é vitalidade, é ambição e disponibilidade.

Excerto do livro “ Diálogo das Compensadas” de João Aguiar, página 23:

Abadessa – Quanto a si, descanse: não perde pela demora. Tanto quanto conheço ainda o mundo profano, o mal de que sofre o Sr. Pinheiro espalhou-se por várias gerações, ou melhor, por várias idades, e você não tem de esperar mais que dez, quinze anos, para que ele o ameace. É a doença da juventude. Ou a perversão, se preferir.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Uma Recordação

Ai! A planície… aquele lugar onde uma infinidade de cores se reúnem no céu, acabando com o sol a cair no monte mais alto e mais verde da minha rica Planície!
O púrpura brilhante e abafado, trazendo com ele os tons de rosas a rematarem para mim. O laranja, o amarelo e o vermelho se juntam, fazendo imagens no céu, de que nunca me vou esquecer. Não perdoo as cores perdidas naquela cúpula infindável e não pretendo desculpar os tons de azul a tentar escapar do meu olhar! Não consigo deixar de olhar para aquele mundo de rosas, escarlates e roxos. O céu sempre foi dono de mim. Sempre me mostrou a tela de cores que me fascinava, me deslumbrava!
Que vontade de voltar a ver todas aquelas grandes e esbeltas árvores, a balançar ao ritmo da brisa tardia. E aquela relva? Que relva!! Sempre tão verde, tão brilhante, tão fresca e tão macia daquele descampado.
Durante o dia…a festa de sons que me invadia a cabeça e me fazia sorrir. Durante a noite… um silêncio que apenas me deixava ouvir as cegarregas e os grilos a cantar ao som do vento.
E quando o sol dava ligar à lua, sempre calmo e sereno, lembrava-me daqueles belos momentos de infância em que brincava com o sol. Aqueles raios de luz penetravam-me o olhar, deixando os meus olhos impacientes de tanto esplendor.
A brisa que, doce e gentilmente, sempre me arrepiou, faz-me agora sentir saudades de tudo isto, de toda a beleza arrebatadora da minha planície. Tenho saudades dos momentos ao sol e das buscas pelos esconderijos perfeitos, sabendo que seriam só meus e da minha imaginação. E a vontade de querer regressar torna-se visível, mas sempre difícil de concretizar, não pelo medo do que vou encontrar, passado tanto tempo, mas sim por ter medo de nunca mais a querer deixar, não querer deixar  a minha planície.